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Ditadura Empresarial x Produtividade

E Charles Chaplin, em seu filme Tempos Modernos, representava sabiamente o outro lado da moeda.

Autor: Sérgio LucianoFonte: Administradores.comTags: empresarias

Quem nunca se deparou com Adolf Hitler do mundo dos negócios? "Minha palavra é lei e nem adianta ir contra", "Eu sou chefe e se não está contente pode pedir as contas", "Ruim com, pior sem", "Dêem graças a Deus por terem emprego" e por aí vai. Poderia gastar horas e horas descrevendo as mais inúmeras frases feitas utilizadas por líderes do século passado. Sim, século passado. Vivemos em um mundo ascendente e ansioso por algo novo que nos leve adiante. Mas em boa parte ainda somos guiados por pessoas trancafiadas na pior das prisões: suas mentes, fortemente seladas pelo comodismo, egoísmo e medo.

 

E Charles Chaplin, em seu filme Tempos Modernos, representava sabiamente o outro lado da moeda. Líderes ditadores e homens obedientes. E um trabalho que vai muito além da empresa, se torna um peso para nossa vida.

No que se diferem empresas de hoje das do filme? Acredito que, no fundo, apenas as cores. Estresse é a nova onda. Se não chega em casa e não desconta em todo mundo os problemas do trabalho, você ainda não está bem. Poderia render mais. Se não suga até a última gota de sangue do funcionário o chefe não está contente. Elogio? Talvez um cínico "Parabéns por ter feito isto errado. Acabou com tudo".

Bom, felizmente este é um cenário que tem tudo para ser extinto. Novas tendências, novas visões, novos valores vêm cada dia mais se firmando e criando raízes. Empresas que ignorarem esta visão serão tragadas pela inovação e ficarão para trás. O futuro está aí e não podemos simplesmente fechar os olhos. Devemos abri-los bem, muito bem, e captar o máximo que pudermos de informações para podermos enxergar mais adiante e sairmos na frente.

Buscar resultados é primordial, mas o que muda é o fator liberdade. Prender o funcionário a nossas vontades é restringir o potencial dele e da empresa. Marionetes foram feitas para entretenimento. Pautado na ética, missão, visão e valores da empresa, dar liberdade à sua operação é fundamental. "Faça, não importa como, mas faça", "Quer ouvir sua música sem incomodar o vizinho? Ouça, mas faça", "Quer tirar aquela soneca ou simplesmente relaxar vendo aquele programa que não pode perder? Tudo bem, desde que faça".

Trace metas e objetivos, estabeleça prioridades, defina tempos de execução. E depois? Simplesmente confie em quem contratou, desapegue-se do "só eu consigo tão bem", desverticalize sua estrutura e diga com toda a presteza e disposição de ajudar: "Façamos o que tem que ser feito! Confio em nossa equipe e juntos somos mais."

Valorizar pequenas coisas pode soar careta aos ouvidos de alguns, mas é preciosa ferramenta nas mãos de quem aprendeu a ouvir.

A motivação, se bem usada, transforma um pequeno exército em um time de campeões. Pense nisso.